No dia 17 de Abril de 2012 sofri um acidente de moto a cerca de 80Km/h. O peso da mesma, cerca de 220Kg, fracturou-me a perna, causando-me uma fratura exposta.
Após chegar ao hospital Garcia de Orta foi-me dito que a fratura era muito grave e que seria preciso operar imediatamente. Os médicos ortopedistas de serviço eram o Dr. Pedro Simas (Interno da especialidade) e o Dr. Mário Tapadinhas (Assistente graduado).
Durante a operação não senti dores e estive acordado a maior parte do tempo com anestesia do tipo epidural. Percebi pelos diálogos que a fratura era extremamente grave mas que a operação teria corrido muito bem. Uma frase ficou-me na memória: "só tem 38 anos". O que quereria dizer? Ficaria limitado para o resto da vida?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKy8vye-uDVOR8Ucl1m33lSRMC8M9GubYWM_56MztKwHCWI5aXq3s8Ktd_puUBL2JD4T8OnEj8uO0oCbOvoX_TfyjDm9oefaRNzvWAKqVPg_MbcuVI3CCa8BBzDPfRizlC9aI5IL9RZeZX/s1600/IMG_20121109_120541.jpg) |
O 1º Raio-X antes da operação |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk160KBaBCWBaBrOiOPgt47u2JIaEYRUeb6ZiowxWTyQs1YeC0sf86bYMkbpri7mB1ojEU4VIorloKdEU6B0efTJa2MHdB22QD_WvoPemmWrxz4N_ysKMbduRsyzLhOJwJ4GrAQsF5Uylq/s1600/IMG_20121109_120548.jpg) |
O 1º Raio-X antes da operação |
A dor chegou a meio da noite. Já de madrugada, o Dr. Mário veio ver como estava. Perguntei-lhe se poderia voltar a fazer desporto. Respondeu-me com alguma reserva dizendo-me para não fazer planos para 2012. Estávamos em Abril! Durante 8 dias permaneceria internado. Durante esse período não devo ter dormido mais de 2 horas seguidas devido às dores. Foi-me explicado que o internamento se devia ao eventual risco de infecção da perna ou rejeição do material. Tomei antibiótico e analgésicos (paracetamol e afins) que apenas abrandavam um pouco a dor. Apesar do sofrimento apreciei bastante o trabalho de todos os enfermeiros e auxiliares que tive oportunidade de observar no serviço de Traumatologia do Garcia de Orta.
Vim a saber mais tarde, através do relatório médico, que a minha fratura tinha sido de grau VI - a pior.
Devido à lesão fiquei com o pé pendente. Os dedos também não mexiam para cima. Levei para casa uma recomendação de exercício: prender uma espécie de trela (desconheço o nome técnico) aos dedos do pé e puxá-los com a ajuda da mão. Também pus gelo durante 20 min 3 vezes por dia para aliviar a dor e inflamação. A fisioterapia iria começar dali a 2 semanas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3XrKUXdP7RuumxqQSHC_3BzQKw3OdpKbQUv_EJSse1xL33T6qvnnzQ0ILMFhTKP1RW7attYbM8uZqGfGtIAdyYwT8J0LyXPotUMy2gc4RN5pXJuw1mJqv3hu9Os7tN-pfz6SjRFHDhrVA/s1600/2012-05-03+09.50.31.jpg) |
Após a operação |